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terça-feira, 19 de abril de 2011

Surf adaptado em São Vicente - SP

Após três anos sem entrar no mar pude participar de uma experiência incrível que juntou o lazer com o esporte integrado à natureza.
Pude perceber que pegar onda é algo perfeitamente normal apesar da dificuldade física de um cadeirante e para outras deficiências também. Pra mim foi um desafio muito interessante: poder furar as ondas e conseguir, lá do fundo, dropá-las me arriscando até em pequenas manobras com segurança.
Fui recebido na Escola de Surf de São Vicente pelo professor Popó e pelo Alex que também é portador de deficiência física e dá aulas de surf. Tive a oportunidade de conhecer a professora Márcia que faz um trabalho com lesados cerebrais.
Hoje foi minha segunda aula de surf onde já pude notar uma pequena evolução dentro desse esporte.









 Dentro desse tema ainda tive a oportunidade de participar da Reatech 2011 que é uma feira voltada para deficiências em geral. Lá conheci o Robson Careca que desenvolve um projeto, já há algum tempo, com surf adaptado em Caraguatatuba. Recebi boas dicas sobre o esporte e também sobre viagens e locais adaptados ao lazer.
Segue contato do Robson:  www.surfespecial.com.br e tursurfadaptado.blogspot.com 





Também dei um confere na praia adaptada em Santos - Canal 3 - onde havia cadeiras adaptadas para se entrar no mar e uma passarela de madeira e uma equipe muito atenciosa que me recebeu bem.
Minha impressão da Reatech: gostei. Vi coisas interessantes porém, os valores de quase todos os produtos não correspondem à realidade de um deficiente brasileiro. Tive a oportunidade de andar numa hadbike.





 E outra coisa que também achei muito interessante foi um produto chamado "Evac Chair" que é uma cadeira utilizada para subir e descer escadas sem o uso de qualquer motor, apenas manual, que na feira custava R$2.500,00. Confirmando minhas palavras acima sobre a realidade dos custos dos produtos para um deficiente no Brasil. Outra coisa interessante foi a cidade de Socorro onde há boas opções de esportes radicais junto à natureza adaptados à realidade de vários tipos de deficiências. O único incômodo, mais uma vez, são os valores. O serviço é oferecido em hotéis-fazenda, o que deixa o custo elevado.
A média de preços de cadeiras de rodas, a meu ver, que aguentam as ruas e a rotina de um cadeirante que não fica em casa, estava em torno de R$3.500,00.
Outra coisa que foi legal: uma corrida em cadeira de rodas para andantes, proporcionando assim às pessoas terem uma pequena amostra do que é tocar a cadeira. Minha namorada Marcella experimentou e chegou em último lugar. ehehehe. Ela achou difícil controlar a cadeira e ganhar velocidade ao mesmo tempo. Essa é a segunda experiência dela ao sentar numa cadeira de rodas sem ser pra descansar.







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